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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Quem paga a conta


Governo quer que sociedade pague 
pelos gastos públicos

Mais uma ação desastrosa do presidente Temer: o anúncio de que estaria sendo estudado o aumento na alíquota do Imposto de Renda, para, 12 horas depois, desmentir.
Mas estava, sim.
A turma que ocupa o governo, hoje, faz vista grossa para os gastos milionários dos cartões de crédito corporativos – com os quais funcionários do governo podem, inclusive, sacar dinheiro vivo -, para as centenas de milhões gastos a fim de manter no poder um grupo investigado, suspeito, mas pelo visto com muita bala na agulha e para cobrir as mordomias incalculáveis do Parlamento brasileiro, perdões de dívidas monumentais para com o FGTS e a Previdência, da bancada ruralista etc.

Quanto ao gasto com o Parlamento, vejamos trecho de notícia do Correio Braziliense, no mês passado (e olhas que os caras sacam do negócio, pois é um jornal de lá, da sede do governo):

“Cálculos feitos pela Organização não Governamental Contas Abertas mostram que o Legislativo custa R$ 1,16 milhão por hora ao longo dos 365 dias do ano. Esse valor inclui fins de semana, recessos parlamentares e as segundas e sextas-feiras, quando os parlamentares deixam a capital federal para fazer política nas bases eleitorais. ‘As pessoas ficam muito restritas a quanto custa um parlamentar em si, com todas as suas mordomias. Isso custa caro, sim. Mas o Congresso tem uma estrutura muito maior que isso que consome recursos públicos, dificultando ainda mais o equilíbrio no orçamento’, lembra o presidente da ONG, Gil Castelo Branco.

Não que a conta nominal possa ser desprezada. Cada deputado federal recebe um salário bruto de R$ 33,7 mil, um valor superior ao do presidente da República e ministros, que ganham R$ 30,9 mil mensais. Nossos parlamentares, de acordo com diversos levantamentos de organizações e publicações estrangeiras, são os mais bem pagos da América Latina, seguidos por Chile, Colômbia e México. Acrescentem-se aí todos os benefícios indiretos que os parlamentares têm, como verba de gabinete, cota de passagens para os destinos eleitorais e reembolso com despesas de saúde, e o valor aumenta para números estratosféricos: juntos, os 513 deputados custam em média R$ 86 milhões ao mês e um custo anual de R$ 1 bilhão.”

Mas somos nós que temos que pagar esta conta.
E não custa lembrar que o ministro Meirelles (argh!), na Fazenda, disse, em janeiro último, que o governo não cogitava aumentar impostos.
Enfim, é mais um festival de mentiras, característica intrínseca a TODOS os políticos e governantes.

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