De repente, a ditadura de Putin virou um paraíso
Tenho visto notícias sobre a Copa do Mundo nos mais diversos jornais impressos, TVS e sites.
A reboque das notícias específicas sobre jogadores e técnicos multimilionarios, vêm sempre aquelas matérias complementares sobre o país.
Aí começa a omissão vergonhosa, quando não a pura mentira. Diz-se que o povo russo é hospitaleiro, alegre, livre (?) etc.
Porém, em nenhum momento se fala de protestos populares reprimidos até a bala por ordem de um presidente que ruma para 22 anos de poder, através de eleições altamente suspeitas.
Em momento algum a mídia lembra a lei aprovada pelos políticos e sancionada por Putin permitindo que maridos ESPANQUEM esposas e filhos.
Pelo contrário, reluzentes e exuberantes mulheres repórteres, e mesmo algumas senhoras âncoras de grandes programas da Rede Globo, dona da transmissão, ignoram que estão na pátria onde maridos podem espancar legalmente suas esposas e esbanjam sorriso sem tocar no assunto.
Talvez quando a Copa acabar e elas voltarem para o Brasil, retomem seus sisudos comentários sobre a violência contra as mulheres.
Outra coisa: li, em publicação muito discreta num desses sites de notícias, que alguém ou alguma entidade está recomendado discrição total nas manifestações de carinho gay na Rússia.
O governo Putin é radicalmente contra o homossexualismo.
Uma triste ironia diante de um esporte onde homens se abraçam, se beijam e rolam atracados entre se no gramado.
Aliás, sobre isso vejam abaixo excelente texto do jornalista Tony Pacheco:
"Ei, Sr. Putin, você não gosta de homem que gosta de homem. Então não devia promover uma Copa do Mundo. Futebol é só isso, nas arquibancadas e nos gramados: homem abraçando homem, homem beijando homem, homem bulindo em genitais de homem, homem rolando na grama com homem, homem beijando homem. Só vai dar isso na sua Copa homofóbica russa. Você devia ter feito uma Copa de Baleô (a popular 'queimada' dos sulistas) usando AK47. Futebol é carinho e confraternização entre homens, não é a sua cara, que gosta de homens mortos na Ucrânia, na Síria, na Geórgia. Homens mortos são a sua praia..."
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