De fazer inveja ao Municipal...
Enquanto o Theatro Municipal do Rio de Janeiro agoniza, por conta dos assalto que Cabral e sua gangue praticaram contra os cofres do estado, nas ruas cariocas monta-se uma peça – um “happening”, como se diz – com mais de uma dezenas de milhares de militares, sob o aplauso de uma população que, coitada, desesperada e alienada já não tem mais condições de analisar a realidade.
Ocorre que Michel Temer, desmoralizado por sucessivas e comprovadas (vide revista Época do último fim de semana) por uma série de denúncias de corrupção, decidiu fazer um agrado aos cariocas e colocou nas ruas as Forças Armadas.
Tudo bem, não fosse a efemeridade da ação (prevista para acabar em dezembro próximo ou, no máximo, ser estendida até dezembro de 2018). Ora, em outros tempos as mesmas Forças Armadas estiveram nas ruas do Rio, e não falo da Olimpíada, mas sim do outro grande teatro que foi a implantação, por Cabral (argh!), das Unidades de Pacificação (UPPs), quase dez anos atrás, e o que se vê, hoje, é que o crime organizado só fez crescer.
Não adiantam esses estertores demagógicos. O problema na violência no Rio, assim como em todo o País, é muito, mas muito maior do que a visão das autoridades, que apelam para encenações. Combater o crime organizado exige muito mais, inclusive do Judiciário e do Legislativo. Mas parece que falta coragem para isso. Ou seriam compromissos inconfessáveis? Quem viver, verá...
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