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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Esfriando a Lava Jato?


A impunidade volta, aos poucos...

Bem, se não a impunidade absoluta, pelo menos reina uma forte sensação de que as coisas estão se acomodando no que diz respeito ao combate mais duro à corrupção.
Do dia 17 de maio último para cá, inclusive, alguns fatos trouxeram de volta aqueles ares de que a muralha que ainda blinda a politicalha brasileira segue resistente.
Naquele dia 17, o ministro Marco Aurélio Mello não só autorizou o retorno do senador Aécio Neves ao parlamento, com o fez em decisão que elogiava, por escrito, a “notável carreira política” deste senhor, sobre cujos ombros pesam vergonhosas acusações de corrupção grossa e tentativas de obstrução da Justiça!

Aí vieram a impunidade absoluta concedida aos delatores da JBS, que, por sua vez, abalaram a República com delações documentadas de corrupção que atinge o próprio presidente Temer. Mas se os irmãos da JBS ficaram impunes, o mesmo acontece com o presidente Temer, que forjou um parecer a seu favor da Comissão de Justiça da Câmara e, depois, sempre comprando parlamentares, saiu ileso da denúncia.
Paralelamente, parece arrefecer o ânimo de Moro, que, pelo visto, agora dedica-se exclusivamente a correr atrás de Lula (e aqui não defendo o petista, por é sabido que ele é um dos grandes comandantes da corrupção neste País).

Não é à toa que o reflexo disso na chamada opinião pública, notadamente nas massas menos informadas (a maioria maciça da nossa população) tem sido uma atitude de desânimo, uma espécie de “pró-Temer” enrustido, e o silêncio das ruas.
Não é à toa, também, que os caciques políticos, todos eles enrolados (gente como Renan, por exemplo), seguem articulando armadilhas, inclusive embutidas na tal reforma política que vem aí, a fim de se blindarem ainda mais e amarrar as mãos da Justiça.

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